Prefeitura inaugura novas Unidades de Saúde mas tem dificuldade em contratar médicos

Nesta segunda-feira (09/08), a prefeitura de Campo Grande começou a colocar algumas unidades básicas de saúde da família em funcionamento, mas ainda encontra dificuldades em contratar médicos.

No Vida Nova III, a nova unidade foi entregue há seis meses, mas só hoje entrou em funcionamento. Quando inaugurada em fevereiro, a previsão das autoridades é que os atendimentos começassem em um mês, prazo dado pela prefeitura para convocar funcionários por meio de concurso.

Com custo de R$ 1,2 milhão, a unidade possui cinco consultórios, salas de curativo, odontologia, vacina, inalação, reunião e farmácia.

A unidade terá uma equipe exclusiva voltada para a saúde indígena, informou nesta manhã o secretário municipal de Saúde, Leandro Mazina, durante a inauguração da obra de reforma e ampliação da Unidade Básica de Saúde do Jockey Clube.

Segundo o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), hoje ( 10/08)  entra em funcionamento a Unidade Básica de Saúde da Vila Popular, que passou por obras de reforma e ampliação.

Para as unidades do Vida Nova II, Vila Popular e do Jockey, a prefeitura conseguiu contratar médicos de saúde da família. Segundo Leandro Mazina, foram chamados 12 profissionais por meio de concurso, recentemente. Mesmo assim, ainda faltam médicos.

Ainda não há médicos para atuar na unidade do Nova Lima, que já está pronta, mas só entrará em funcionamento quando estes profissionais forem contratados. A expectativa do secretário de Saúde é que as vagas sejam preenchidas em 60 dias. “Não tem mais médicos de saúde da família para chamar, vamos ter que encontrar outro mecanismo para suprir isso”, admitiu Mazina.

Médicos também terão de ser chamados para atender na Unidade Básica de Saúde da Família do bairro José Tavares do Couto, que será entregue até dezembro. A obra está sendo feita em parceria com a Universidade Anhanguera Uniderp.


O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul – SinMed/MS – explica que essa dificuldade encontrada pela prefeitura em contratar profissionais para atuarem na rede é resultado da defasagem salarial e da ausência de um Plano de Cargos, Carreira e Salários. ” A Entidade não tem conseguido vitórias em suas negociações com o prefeito Nelson Trad Filho, que tem colocado inumeros empecilhos para garantir à categoria um salário digno”, esclarece a Entidade.


Mais contratações – Com o objetivo de acabar com as longas esperas dos pacientes nos nove centros regionais de saúde 24 horas de Campo Grande, que pode superar quatro horas, a prefeitura anunciou em março deste ano a contratação de aproximadamente 50 médicos em regime de urgência e sem concurso público. O objetivo foi preencher os plantões diurnos nas unidades de saúde.

Hoje, questionado sobre o assunto, Nelsinho Trad disse que a prefeitura fez novas contratações. “Já chamamos 78 médicos até agora”, contabilizou.