O presidente do Sinmed-MS, Marco Antônio Leite, disse que é visível a melhora na estrutura das unidades de saúde da Capital, mas que é preciso investir também em material humano. “Tivemos uma estrutura de atendimento muito satisfatória, mas falta cuidado com os profissionais e com a população”. Ele ressalta que a falta de clínicos gerais, ginecologistas e pediatras, gera um grande transtorno no atendimento e é um dos nós que prejudica tanto os pacientes quanto os próprios médicos.
Em apoio a fala de Marco Leite o presidente do CRM, Luis Henrique Mascarenhas, acrescenta que é necessário investir mais nos profissionais. “Eu trabalhei 14 anos na prefeitura e não via perspectiva de crescimento, nunca houve incentivo”, lembra.
Segundo o candidato a prefeito, os médicos abordam um tema que há muito tempo tem sido um calo na saúde campo-grandense. “Entendo os problemas aqui expostos, principalmente no que diz respeito a questão ambulatorial. Minha meta para esta área é investir em Capital humano, principalmente nas especialidades que estão deficitárias, como: ginecologia, pediatria e em clínicos gerais”. Ele acrescenta que será discutida remuneração compatível para estimular os profissionais do serviço público, e antes de ampliar a estrutura física das unidades de saúde, primeiro será trabalhado o aumento do número de profissionais que prestam atendimento.
Segue abaixo a pauta de reivindicação dos profissionais da área médica.
PAUTA DE REIVINDICAÇÕES: SAUDE E SINDICATO MÉDICO
1. Reconhecer o SINMED-MS como única Entidade Representativa da Categoria Médica;
2. Aprovar o Plano de Cargo, Carreira e Vencimentos (PCCV);
3. Retorno da Insalubridade;
4. Adoção do piso salarial e carga horária conforme sugere a FENAM (Federação Nacional dos Médicos) 20hs R$ 9.813,00;
5. Investimento no aprimoramento profissional médico com disponibilização de cursos de capacitação, para garantir educação continuada e/ou permanente.
6. Expansão no atendimento básico com profissionais suficientes nas áreas de: Clínica Geral, Ginecologia e Pediatria;
7. Implementar as gratificações de função para tornar mais atrativo aos médicos os cargos de supervisão, chefias e as coordenações na Secretaria de Saúde;
8. Reformulação no Sistema de Regulação com maior agilidade do processo, diminuindo a lista de espera;
9. Inclusão de chefe de plantão nas Unidades de Emergência e UPAS;
10. Profissionalização no gerenciamento das Unidades de Saúde, principalmente nos Centros Regionais de Saúde (CRS) e UPAS.