Em um contexto onde jovens buscam se formar em medicina e se graduam em outros países, e esse número vem aumentando expressivamente, existem dois lados. De um, as entidades médicas que querem que o Revalida seja aprovado como lei para comprovar a capacidade de se exercer a medicina nos moldes do Brasil e assegurar a saúde da população brasileira. Já de outro, o Governo tenta flexibilizar o exame, facilitando a entrada e atuação na área da medicina brasileira, com a justificativa de que há falta de médicos no país.
“O risco de se colocar no mercado para cuidar da população brasileira sob o argumento de que há poucos médicos, profissionais despreparados, na verdade é um crime que se comete contra a sociedade”, ressaltou o presidente da FENAM, Geraldo Ferreira.
Segundo as entidades, o que existe na verdade, é a má distribuição dos profissionais que se concentram nas regiões de maior renda. E se o governo quiser resolver o problema, não basta colocar médicos mal formados para tratar populações no interior do país. O inadequado financiamento do SUS, a ausência de uma carreira médica de estado, a prática de baixos salários e péssimas condições de trabalho são questões fundamentais que devem ser superadas.