Médicos da maternidade do HGRS entram em greve a partir de quinta

    Os médicos obstetras da Maternidade do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) reafirmaram em assembleia realizada segunda-feira (24) no Sindimed a decisão de greve por tempo indeterminado, a partir desta quinta, 27.

    Os profissionais relatam o déficit de plantonistas, o que tem levado a escalas de trabalho com dois e até mesmo um obstetra quando o correto são quatro. Entre os neonatologistas, ocorre problema similar.

     Destacam também a falta de material e equipamentos como ultrassom e cardiotocografia nas 24h, algo indispensável para uma maternidade de alto risco, e a deficiência de estrutura da unidade, projetada há trinta anos, para atender uma demanda muito menor que a atual.

     Médicos da maternidade iniciaram a luta por condições de trabalho

     Os médicos da maternidade do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), reuniram-se em assembleia na sede do Sindimed, no dia 11, para discutir sobre a falta de condições de trabalho que já vem de longa data.

    Os profissionais relataram o déficit de plantonistas, o que tem levado a escalas de trabalho com dois e até mesmo um obstetra quando o correto são quatro. Entre os neonatologistas, ocorre problema similar. Destacaram também a falta de material e equipamentos como ultrassom e cardiotocografia nas 24h, algo indispensável para uma maternidade de alto risco, e a deficiência de estrutura da unidade, projetada há trinta anos, para atender uma demanda muito menor que a atual.

   O médico João Paulo Queiroz Farias contou que a principal questão é a falta de médicos, o que deixa as equipes incompletas. "Dois médicos não conseguem dar conta do trabalho de quatro. Precisamos também de ultrassonografista de plantão e que equipamentos sejam consertados". Ainda de acordo com o médico, uma reforma é essencial no hospital: " Pra se ter uma ideia existe apenas um sanitário para atender pacientes e acompanhantes, sendo que este foi improvisado e não cabe maca nem cadeira de rodas", explica.

   Ele completa ainda que há uma exposição e risco maior tanto para a paciente quanto para os médicos, principalmente pelo fato da Maternidade do Roberto Santos receber pacientes de maior complexidade.

    Diante da gravidade da situação, o Sindimed solicitou uma audiência em caráter emergencial com o secretário de saúde. Além disso, o Ministério Público será notificado. Ficou definida ainda, uma nova assembleia para segunda (17), às 19h, na sede do Sindimed, para dar encaminhamento na luta.