Em reunião na Secretaria de Gestão (Semge), nesta sexta (9), entre representantes dos servidores municipais e o secretário Alexandre Paupério, a prefeitura ratificou a proposta de 0% de reajuste para os servidores da saúde. Segundo o secretário, o único aumento para os profissionais será o que já estava previsto no PCCV, de 5%, referente a progressão, e, mesmo assim, cerca de 1500 servidores não terão direito.
O vice-presidente do Sindimed, Luiz Américo, presente na reunião, afirmou que não se pode confundir reajuste com evolução na carreira e que, na prática, o reajuste proposto é 0%. Américo também reafirmou o posicionamento dos médicos de aderirem a greve dos servidores municipais, tomado na assembleia do último dia 6, referendando a pauta geral de reajuste acrescida de demandas específicas da categoria (veja abaixo). O Sindicato, inclusive, já notificou a prefeitura, através de ofícios sobre este posicionamento. Em seguida, a diretora da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Socorro Tanure, também na reunião, foi cobrada sobre uma resposta oficial às reivindicações feitas previamente pelo Sindimed.
Reivindicações
À pauta geral de reajuste salarial e defesa do Concurso Público, são acrescentadas as reivindicações específicas dos médicos, como regulamentação do ponto eletrônico – isonomia para todos independentemente do cargo ou vinculo que tenham -, pagamento dos salários cortados indevidamente, pagamento da insalubridade, permanência da Médica Luamorena em seu atual posto de trabalho e condições de segurança nas unidades de saúde.
Há médicos sem receber salário há três meses. Outros, mesmo batendo o ponto eletrônico regularmente, tiveram metade do salário descontado. E perduram ainda as precárias condições de trabalho como, por exemplo, a falta de medicamentos controlados, reclamam os psiquiatras. Isso mostra o desrespeito da gestão para com os profissionais, que são estatutários e fizeram concurso público para ocupar seus cargos.
Assembleia próxima terça. Greve mantida até lá
A informação, veiculada por alguns gestores, de que o Sindimed não teria notificado a prefeitura sobre a decisão da categoria de aderir à greve dos servidores municipais é inverídica e não passa de uma tentativa de intimidar os médicos. Até realização da próxima assembleia, agendada para dia 13, terça, às 19h no Sindimed, está mantida a orientação de aderir ao movimento paredista municipal.