A carga horária excedente foi levantada pela juíza Rosimeire Fernandes, que propôs que a Constituição fosse trazida para perto do dia a dia do trabalho dos residentes para que ela seja cumprida, alertando que as 60h semanais são inconstitucionais. "Vocês são médicos extremamente qualificados. É preciso trazer essa força para se enxergar e agir como protagonista e agente social", disse a juíza.
Segundo a advogada do Sindicado, Cláudia Bezerra, o médico residente é uma da mãos de obras mais baratas do mundo. "Essa questão da jornada do trabalho, que está prevista, precisa ser questionada", disse a advogada. Ela ainda informou que o Sindicato vai entrar com uma ação em favor da diminuição da jornada de trabalho e por melhores remunerações.
Dr. Augusto, da ABM, trouxe questões relacionadas à qualidade da residência, convidando os médicos para refletirem sobre a criação de novas escolas, a importância de um estudo qualificado e dos preceptores durante o processo de residência.
"Viemos pleiteando que preceptores pudessem receber uma remuneração, se eles fossem mais estimulados, com certeza teríamos uma maior qualidade na residência", disse Ana Carolina, uma das residentes presentes, que compôs a mesa. Ela ainda demonstrou ser necessário ter um representante nacional, na Bahia, da Associação dos residentes.