Por meio de nota, a pasta informou que não há nova previsão de inauguração e que, no momento, está realizando os ajustes finais na área de informática para implantação do prontuário eletrônico dos pacientes nas instalações da nova UPA. Quando tudo estiver pronto, segundo o órgão, o anúncio será feito ao Setor de Regulação da Secretaria, à comunidade e aos trabalhadores.
Após adiar a entrega da nova unidade este mês, a prefeitura havia informado que até o último dia de setembro ela estaria pronta. Enquanto isso, os leitos do HOB, que seriam transferidos para a UPA Noroeste II, continuam no hospital. Segundo a assessoria do HOB, o funcionamento da unidade segue normalmente, ainda com os 22 leitos.
Mesmo com a sobrecarga das unidades de saúde, a Secretaria Municipal de Saúde alega que decidiu pela transferência porque a nova estrutura seria mais maior e moderna. Mas a própria pasta já havia admitido que os atendimentos diários nestas unidades aumentaram em 50% no início deste ano.
Os médicos são contra a transferência, já que alegam que a estrutura das unidades de saúde não é a mesma que a dos hospitais preparados para tratar casos graves. No mês passado eles chegaram a realizar uma manifestação junto a outros funcionários do hospital contra a mudança. “Lidamos com pacientes que precisam de cuidados extremamente complexos, e o hospital foi pensado para atendê-los rapidamente. Essa transferência de leitos para a UPA é perigosa e ameaça o cidadão”, explicou o médico Leonardo Paixão, que atende no HOB há 12 anos.
Enquanto nada acontece, a UPA Noroeste II segue fechada e sem nova previsão de inauguração. O caso está sendo apurado pelo promotor Nélio Costa Dutra Júnior do Ministério Público de Minas Gerais.
Estrutura
A assessoria do HOB já havia informado que seis leitos ficariam na sala vermelha da nova UPA (destinados a doentes mais graves) e os outros 12 na sala amarela, onde ficam os pacientes com condições de aguardar transferência.
O espaço onde ainda funcionam a urgência e emergência do HOB irá receber os leitos de terapia intensiva (UTI). Ainda conforme a assessoria do hospital, com a reorganização, "não haverá supressão de leitos, mas sim qualificação dos mesmos".