Argollo reforçou ao governador a preocupação com os atrasos, que têm sido frequentes. Em alguns casos, a demora ultrapassa 12 meses.
Sartori mostrou sensibilidade ao problema e ressaltou a importância da tarefa desempenhada pelos profissionais. O governo oficializou o repasse às santas casas e outros filantrópicos de empréstimos totais de até R$ 300 milhões, com a despesa de juros a ser quitada pelo Estado. O mecanismo serviu para compensar a falta de dinheiro do caixa estadual para honrar verbas de 2014. A medida beneficiará 180 instituições. Além disso, os hospitais terão três anos para quitar os valores e um ano de carência.
Argollo ressaltou que a entidade vai monitorar a transferência dos valores e sua aplicação pelos estabelecimentos. “Se receberem e não pagarem os médicos, vamos denunciá-los como caloteiros”, avisa o presidente do SIMERS. O dirigente frisou a Sartori que os atrasos geram uma situação delicada. “Um funcionário que não recebe o salário em dia, entra em greve. Os médicos continuam a trabalhar na esperança de receber e para não deixar os pacientes na mão”, explicou Argollo.
“Os hospitais se aproveitam disso, pagam tudo, menos os médicos. Mas é insustentável manter a assistência eternamente sem remuneração”, lembrou o dirigente.