Com respaldo no Código de Ética Médica, capítulo II, § V, os médicos informaram que devido ao não recebimento integral dos honorários referentes aos meses de novembro e dezembro de 2015 iriam reduzir os atendimentos para quatro pacientes por hora e caso os valores devidos não fossem repassados em breve os atendimentos seriam cessados completamente. Os médicos também relataram que adotaram esta medida somente após tentativas de composição amigável com os órgãos administrativos, todas infrutíferas.
A assessoria jurídica do SIMEPAR, ao entrar em contato com a diretoria do hospital, foi informada que a empresa terceirizada Atual Médica Gestão De Saúde Ltda é responsável pela gestão do hospital. Esta, por sua vez, comunicou que não houve paralisação e que situação já foi regularizada.
Levando em conta a relação terceirizada entre a Organização Social e o Hospital público para a contratação dos médicos, a direção do SIMEPAR observa que a contratação precária produz esse tipo de distorções que acaba trazendo prejuízo aos médicos e as pessoas que precisam do atendimento. O presidente do sindicato, Mario Ferrari, oficiou as autoridades incumbidas da fiscalização da lei. “Diante do risco de nova ocorrência, falta de pagamento e suspensão do atendimento, oferecemos denúncia ao Ministério Público como forma de prevenir eventos como este.” – registrou Ferrari. “A solução para garantir a continuidade dos atendimentos por força é o resgate da forma constitucional de contratação, qual seja o concurso público, uma remuneração adequada como o piso da FENAM e o fim da relação ilegal estabelecida pela administração municipal” – finalizou o dirigente.