O sindicato teve acesso ao livro de ocorrências do hospital, no qual um funcionário, que não será identificado, relatou que a médica de plantão pediu que a mãe do paciente abrisse a ficha técnica do menino. " Prontamente pegou o documento, e a outra médica o acompanhou. Neste momento, o prefeito começou a gritar de forma ríspida […] Disse que a médica não sabe fazer o atendimento e que ele agora não estava falando como cidadão e sim como prefeito, seu patrão, e a demitiu". A médica está afastada do serviço por orientação da Direção do hospital, por motivo de saúde.
"Não estamos fazendo uso político do caso, conforme alegou o prefeito. Nossa denúncia está documentada. Quem está faltando com a verdade é o Eduardo Paes. É inadmissível que a autoridade maior da prefeitura do Rio tenha esquecido das regras da administração pública e tenha tratado uma profissional de saúde desta forma, gerando um quadro de trauma emocional que permanece até hoje", ressaltou o presidente do SinMed/RJ, Jorge Darze.
O Departamento Jurídico do SinMed/RJ afirma que o prefeito agiu com impessoalidade e cometeu crime de prevaricação, conforme disposto no artigo 319 do Código Penal, além de assédio moral. "Se o prefeito achou que as condições não foram satisfatórias, ele e o secretário municipal de Saúde são os principais responsáveis pelo tipo de atendimento prestado", declarou a vice-presidente do sindicato, Sara Padron.