NOTA DE REPÚDIO AOS ATAQUES CONTRA À CATEGORIA

O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul repudia e lamenta as ilusórias notícias que vêm sendo divulgadas a respeito da situação da saúde pública em Campo Grande. Em recente publicação, a Secretaria de Saúde afirmou que 75% do estoque de medicamentos foi regularizado, porém a realidade é outra, as prateleiras continuam vazias e os principais remédios em falta.

Repudia também o fato dos gestores da saúde ignorarem a total dedicação dos médicos na assistência à população, de não lhes oferecer adequadas condições de trabalho, de ignorarem os esforços dispendidos por estes profissionais, e da baixa remuneração de R$ 2.516,72, que não é reajustada há mais de três anos.

Escalas médicas são divulgadas pela Secretaria de Saúde, porém não condizem com a realidade, os números não coincidem com o déficit de mais de 500 médicos, o que impossibilita o atendimento nas unidades.

Faltam médicos, não há previsão de mais contratações e concurso público, a precariedade nas unidades de saúde, a baixa remuneração e outras adversidades têm contribuído para que os profissionais afastem-se do serviço público.

O compromisso dos médicos com a saúde pública é reconhecido em pesquisa recente do Datafolha que coloca o médico como o profissional de maior confiança e credibilidade entre os brasileiros.

A população tem o direito de saber que os médicos cumprem sua obrigação, mas infelizmente a falta de medicamentos, infraestrutura nos hospitais e postos de saúde, bem como a falta de uma boa gestão, impedem a obtenção de melhores resultados.