O presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul, Flávio Freitas Barbosa esteve presente no XIII Encontro Nacional das Entidades Médicas, que aconteceu na última terça-feira (26), em Brasília.
Representando as entidades Sul-Mato-Grossenses, também estiveram no evento Drº. Marcelino Chehoud Ibrahim (AMMS), Drª. Luciene Lovatti Almeida Hemerly Elias (CRM) e Drº. Juberty Antonio de Souza (CRM).
Mais de 300 médicos e representantes da classe de todo o país reuniram-se para discutir os rumos da saúde no Brasil. O evento, com dois dias de debates (terça e quarta), teve início às 9 horas. Compuseram a mesa de abertura, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Jorge Darze; o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital; o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Lincoln Lopes; o presidente da Federação Médica Brasileira (FMB), Waldir Araújo Cardoso, e o Conselheiro do CFM e Coordenador da Comissão Nacional Pró-SUS, Donizetti Dimer Giamberardino.
“Entendemos que este ENEM pode representar a bússola dos próximos passos médicos. A partir daqui, podemos constituir uma importante plataforma de debate, especialmente para orientar o próximo presidente da República sobre as pautas dos médicos e da saúde”, afirmou o presidente da Fenam, Jorge Darze, na abertura do evento. Para ele, o ENEM é, portanto, “um importante instrumento de trabalho para o futuro dos médicos, que serve para resgatar aquilo que está muito abalado e comprometido, que é o chamado exercício ético da nossa profissão.”
Estudo mostra realidade do SUS
Na abertura do encontro, o presidente do CFM, Carlos Vital, apresentou uma pesquisa encomendada pelo órgão ao Instituto Datafolha, que revela a preocupação e insatisfação dos brasileiros com SUS. “Os números deixam claro que a saúde não pode ser ignorada pelos candidatos, e para atender ao anseio legítimo da população por uma assistência de qualidade, é preciso tratar a questão com seriedade”, ressaltou.
Para boa parte dos 2.087 entrevistados pela pesquisa, o longo tempo de espera nas filas do SUS é o que mais contribui para os problemas no atendimento, seguido da falta de recursos e má gestão.
Formação Médica
Após a abertura e o discurso de todos os representantes das entidades que apoiaram a realização do XIII ENEM, o primeiro eixo temático do período da manhã começou a ser debatido: Formação Médica – Graduação, Pós-Graduação e Exames de Avaliação para o Exercício Profissional. Sobre o assunto, os palestrantes demonstraram preocupação com a quantidade de escolas médicas no Brasil: hoje, são 304, oferecendo, 29 mil vagas apenas no primeiro ano de curso.
Palestraram sobre o tema “Formação Médica” o conselheiro federal, Lúcio Flávio Gonzaga; o vice-presidente da AMB, Diogo Leite Sampaio, e o diretor da Fenam e presidente do Sindicato dos Médicos de Governador Valadares, Adhemar Dias de Figueiredo Neto.
É importante destacar que todas as deliberações no XIII ENEM serão computadas e encaminhadas às autoridades e também aos candidatos a cargos públicos (presidente, deputado e senador) nas Eleições de 2018. A ideia é dar voz e fazer ecoar as iniciativas de defesa da medicina e da saúde no Brasil.
“Minha emoção de estar aqui é, principalmente, porque, de fato, este ENEM representa a reunificação do movimento médico brasileiro”, salientou o presidente da Fenam, Jorge Darze, que ressaltou a relevância do encontro para debater ainda “as políticas públicas que têm norteado o SUS.”