O novo imposto já foi criado em votação anterior, mas o destaque que retira do texto a alíquota de contribuição ainda não foi votado. Se o destaque for aprovado, o imposto fica sem base para ser aplicado e não pode ser implementado. A Emenda 29 também não aponta nenhum outro tipo de fonte de financiamento para que os percentuais mínimos de aplicação de recursos na saúde que União, estados e municípios devem seguir, sejam cumpridos. Jucá disse que o contexto político e econômico não permite abrir mão das soluções levantadas até o momento.
O senador disse que o que foi aprovado até agora traz avanços, mas admite que se trata de uma pequena melhora. "É como a presidenta Dilma disse, a Emenda 29, por si só, não resolve os problemas da saúde", disse.
A Câmara dos Deputados deve votar a regulamentação da Emenda 29 no próximo dia 28, com a permissão do próprio governo. A expectativa de Jucá é que ela seja aprovada no Senado, do jeito que for enviada pelos deputados, sem rejeição de nenhum ponto, já que a proposta nasceu no Senado e foi modificada na Câmara. Os senadores vão avaliar apenas as alterações, mas podem fazer com que volte ao original ou podem deixar o texto com os acréscimos. Entretanto, não acredita-se que eles façam novas interferências.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), demonstrou pouca preocupação com a fonte de financiamento. "A parte do governo federal está sendo feita. O governo está repassando para a saúde muito mais do que prevê a Constituição", disse. De acordo com Vaccarezza, a partir de agora, deve-se buscar uma saída, junto com governadores e prefeitos, com o objetivo de encontrar novas fontes de custeio para a saúde.