A Organização Mundial de Saúde (OMS) define que a média de oferta de leitos por habitante deve ser entre 3 a 5 para cada mil pessoas. Conforme estatísticas feitas em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui a média de 2,26 leitos por cada mil habitantes. Já dados fornecidos pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) mostram que a oferta corresponde a uma média de 2,4 leitos – considerando a oferta de leitos disponíveis pelo SUS (2,1 para 1000 habitantes) e os dos hospitais privados (2,6/ 1000 beneficiários de planos de saúde).
A taxa brasileira fica muito abaixo se comparada a países considerados desenvolvidos como Japão e Alemanha que possuem médias de 13,7 e 8,2 leitos para cada mil habitantes. Nesse quesito, os Estados Unidos também oferecem uma média superior a disponibilizada no Brasil, com taxa de 3 leitos a cada mil habitantes.
Outra questão levantada pelas análises feitas pela Anahp demonstram que o Brasil possui média de 71 leitos por unidade hospitalar, sendo que os hospitais americanos tem média de 161 leitos e os japoneses 119.
Outra preocupação
A medida em que o número de usuários de planos de saúde cresce em média 4,1% por ano, desde 2007, aproximadamente 11,2% dos leitos privados foram fechados no país. Esse percentual totaliza 18.322 leitos e 286 hospitais privados fechados desde 2007. O que dá uma média de quase 60 unidades hospitalares fechadas ao ano, ou 5 por mês, de acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/MS).
A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) afirma que as principais razões para essa redução, entre outros motivos, está nas dificuldades de investimentos dos hospitais impactados pela impossibilidade de acesso a novas fontes de capital, alta carga tributária do setor e ineficiência.
Conforme dados apresentados pelo estudo, caso o número de usuários de planos de saúde cresça até 2016, a uma taxa de 2,1% ao ano, entre 2013 e 2016, serão necessários 13,7 mil novos leitos privados em quatro anos, juntamente com os já existentes no país. Agora se a população usuária crescer a média atual, que é de 4,1%, haverá a necessidade de abertura de 23,2 mil novos leitos no país.