Para a SBC, não há explicação para que numa das mais importantes capitais brasileiras, um pai de família não possa praticar esporte numa área pública, com garantia de segurança e sem que os bandidos que ceifaram uma vida para roubar uma bicicleta sejam punidos. Para a SBC, tarda a reação das autoridades, que só agora prometem policiamento a cavalo e mais intenso na região.
Falando em nome da SBC, o diretor administrativo da entidade, Emílio Cesar Zilli lembrou que Jaime Gold deixa dois filhos, Daniel, de 21 anos, e Clara, de 20 anos. "Ele dedicou sua vida a salvar vidas, abraçando justamente a carreira da Cardiologia, por saber que são as doenças cardiovasculares as que mais matam os brasileiros". Ele trabalhava no Centro de Medicina Nuclear da Guanabara e no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e aproveitava as poucas horas de lazer para exercitar-se, atleta que era e em excelente forma física, aos 57 anos.
Para Zilli, o covarde assassinato é uma perda não só para a Cardiologia, mas também para a sociedade, que precisa investir pelo menos nove anos para formar um cardiologista que, após os seis anos de Faculdade, mais três anos de residência e especialização, passa a devolver na forma de serviços o investimento que o País fez em sua formação.
"A morte de Jaime Gold é uma perda para todos nós", completou o especialista, "e a SBC exige que as autoridades responsáveis pela segurança pública do Rio de Janeiro venham a público para se comprometer com a garantia constitucional de segurança e tranquilidade para todos os cidadãos".
SPC – Sociedade Paranaense de Cardiologia
Socerj – Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro