O Sinmed-MS declara apoio ao movimento Fora Barros que acontece hoje (3), em Brasília e outros Estados.
Repudiamos a ineficiência de tal ministro da Saúde, que através de declarações desrespeitosas, culpa os médicos pela ineficiência e o caos instalado na saúde pública.
Lutamos incansavelmente para buscar melhorias e alcançar êxitos para recuperar a saúde pública no Mato Grosso do Sul. Os médicos estão sendo banalizados, agredidos e desrespeitados, mas apesar de tanta humilhação seguimos firmes em prol da sociedade.
O papel do ministro da saúde é buscar soluções e agir, para que a população não padeça em busca de atendimento digno e para que os trabalhadores da área não “joguem a toalha” diante tanta vexação. O papel do ministro é fazer e não falar, quem fala muito pouco faz, e desde que assumiu o ministério da Saúde, Ricardo Barros, que é engenheiro civil de formação, profere declarações polêmicas denegrindo a categoria médica. Confira alguma delas:
– “Vamos parar de fingir que a gente paga médicos, e o médico parar de fingir que trabalha. Isso não está ajudando a saúde do Brasil”. (Em 13 de julho último, em Brasília (DF), durante lançamento do programa de biometria na rede pública de saúde);
– Durante evento no Acre, no último mês de junho, Barros afirmou que os médicos estão preocupados em ganhar mais, sem trabalhar o suficiente e, quando foi questionado por um sindicalista sobre os problemas existentes na área, afirmou ainda que o “trabalhador do setor da saúde que estiver insatisfeito pode pegar sua varinha e ir pescar”;
– Em 15 de março último, discurso na Câmara Municipal de Curitiba (PR), Barros criticou a forma de atuação dos médicos brasileiros, afirmando que este não demonstra disposição para o trabalho;
– “Homens trabalham mais. Por isso, não acham tempo para cuidar da saúde”. (Agosto de 2016, durante lançamento de pesquisa da ouvidoria do Sistema Único de Saúde);
– Em abril deste ano, durante evento sobre o Brasil organizado pela Universidade Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT), nos Estados Unidos, Barros afirmou que exames com resultados normais são desperdício para o SUS, criticou médicos que solicitam “exame como forma de transferir sua responsabilidade de emitir diagnósticos" e afirmou que o sistema de saúde não pode ser “tudo para todos”;
– “Quanto mais gente puder ter planos, melhor, porque vai ter atendimento patrocinado por eles mesmos, o que alivia o custo do governo”. (Em entrevista à “Folha de S. Paulo”, publicada em 17 de maio de 2016);
– “Na pior das hipóteses, tem efeito placebo. A fé move montanhas”. (Maio de 2016, no Congresso Nacional, sobre a fosfoetanolamina, a chamada pílula do câncer, que não possui eficácia comprovada);
– "Se o mosquito [Aedes Aegypti] se comprometesse a picar só quem mora na casa, era fácil, mas, infelizmente, ele não é disciplinado”. (Em coletiva de imprensa assim que tomou posse, sobre a dificuldade do governo para combater a Dengue, Zika e Chikungunya).