O diretor científico da Associação Médica Brasileira, Edmund Baracat, desaprova a medida. "É uma atitude inconsequente, tendo em vista a precariedade de infraestrutura e de recursos humanos de boa parte das universidades públicas hoje existentes no país. Nas condições atuais é inviável a ampliação de vagas na intensidade e no curto espaço de tempo em que se pretende. Não é o melhor caminho para a melhoria da saúde no país".
Ele relembra situações como as dos alunos de Medicina da Universidade Federal de São Carlos, em São Paulo, que estiveram em greve por 82 dias e, em junho, posicionaram-se a favor do fechamento da graduação por falta de estrutura básica no curso. Já o campus de Medicina de Macaé, no Rio de Janeiro, continua sofrendo por falta de docentes e estrutura laboratorial desde sua abertura, em 2009.
A meta do Governo Federal é criar 11.400 novas vagas em quatro anos –hoje, já são cerca de 18 mil no país.