Servidores da saúde permanecem em greve, mesmo com promessa de pagamento integral dos salários

 O Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SinMed/RJ) reafirma que o pagamento integral do salário é protegido pelo artigo 7º da Constituição. Portanto, o anúncio do governo do Estado do Rio de Janeiro de que os servidores da saúde receberão os vencimentos na integralidade, no próximo dia 14, não vai mudar a posição dos profissionais da área, que permanecerão firmes no Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe), já que nenhuma reivindicação da categoria foi atendida.

A pauta de reivindicações do setor inclui o retorno do antigo calendário de pagamentos até quinto dia útil, a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, melhores condições de trabalho e de atendimento à população, e o repúdio ao aumento da contribuição previdenciária de 11 % para 14 % , que o governo tenta aprovar na Alerj, entre outros.

Apesar do anúncio do governo sobre o pagamento integral para a maioria dos servidores, 33 categorias do funcionalismo público permanecem em greve geral por tempo indeterminado. "O Muspe é a única arma eficaz contra os desmandos desse governo, que enxergou a possibilidade de dividir o movimento parcelando os salários, e nós já entendemos essa posição. O governador acha que vai se dar bem. Pelo contrário, isso vai reforçar a luta do Muspe, pois não estamos lutando apenas pela regularização dos vencimentos, mas, também, pela melhoria dos salários, pela reposição das perdas, por planos de carreira e melhores condições de trabalho", afirmou o presidente do SinMed/RJ, Jorge Darze.