A principal causa da reconhecida precariedade na qualidade da assistência a saúde ao povo brasileiro tem origem na falta de recursos adequados e incompetência administrativa. Em 12 anos, o Governo Federal deixou de executar R$ 111 bilhões de reais no já insuficiente orçamento da saúde, gerando o sucateamento das unidades hospitalares, longas filas de espera em atendimentos e cirurgias, déficit de leitos nas unidades de trauma, UTIs e maternidades.
A ausência de Plano de Carreira de Estado para os profissionais de saúde em geral e médicos em particular, determinam a não fixação dos referidos profissionais por todo o país, vítimas de contratos precários. Ressalte-se que o Governo Federal chegou a efetuar acordo com CFM , aprovado pela Câmara Federal, criando o Plano de Carreira e a Presidente da República vetou o mesmo.
O descompromisso com a qualidade do saneamento básico, precariedade das rodovias e o incentivo fiscal para comercialização de motos são alguns elementos que aumentam a demanda pela procura de serviços médicos, lotando emergências, leitos de internamentos e UTIs.
Em termos de Governo do Estado há de se reconhecer a realização de dois concursos públicos, a criação e progressão do Plano de Carreira do Médico, assim como o incremento de leitos e insumos no sistema, pleitos históricos da categoria médica. Entretanto ainda existe a necessidade da adequação da qualidade e quantidade das unidades hospitalares, visando melhorias das condições de trabalho e de assistência à população, principalmente, no interior do Estado.
Em relação aos municípios, os mesmo transitam entre baixos recursos enviados pelo Governo Federal e a inabilidade de execução dos mesmos, sendo impossível estruturar sua própria rede de assistência, colaborando para a superlotação na Capital.
As entidades médicas, convictas de sua responsabilidade e do sentimento de mudanças para o País, propõem que saúde seja discutida através de debates e propostas e não pelo viés do marketing político. Afinal já é hora de dar vida a saúde.